TJD decide, por unanimidade, remarcar Mamoré x Vulcão

Por unanimidade, os membros do Tribunal de Justiça Desportiva (TJD) da Federação Mineira de Futebol (FMF) decidirem, terça-feira (23) à noite, remarcar a partida entre Mamoré e Poços de Caldas Futebol Clube, válida pela sexta rodada do Módulo II do Campeonato Mineiro. O jogo, que aconteceria no dia 13 de março, no estádio Bernardo Rubinger de Queiroz, não foi realizado porque 13 jogadores do Vulcão e o técnico Sandro Gaúcho foram internados no Mini-Hospital (UPA) de Patos de Minas com sintomas de intoxicação alimentar. A nova data será definida nos próximos dias pelo Departamento Técnico da FMF.

A diretoria do Mamoré, baseada na súmula e no relatório do árbitro, alegava que o Vulcão não havia justificado o não comparecimento e, por isso, deveria receber punição conforme o artigo 203 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva, que prevê desde a perda dos pontos até a proibição de disputas promovidas pela FMF. Porém, os integrantes do TJD mineiro, diante das provas apresentadas pelo advogado do clube e pelo Supervisor de Futebol, Luiz Antônio Sebastião, deram sentença a favor da equipe do Sul de Minas. “Fomos ao estádio, antes do jogo, e entregamos ao árbitro toda documentação, assinada pelo doutor Rômulo Ferreira da Silva (médico do hospital de Patos de Minas), atestando que 13 dos nossos atletas que viajaram não tinham condições de entrar em campo. Então, primeiramente, pensei na integridade física dos jogadores e, depois, tomei as providências legais. Enfrentamos uma situação bastante difícil, mas, felizmente, a decisão foi justa”, disse Sebastião.

Depois do julgamento, o Supervisor do Vulcão ainda fez um desabafo. “Para participar do jogo, ficamos mais de 20 horas na estrada (percurso de ida e volta) e tivemos um grande problema. Os jogadores passaram muito mal – provavelmente por causa de alguma coisa que comeram – e deixaram a todos da delegação bastante preocupados. Mesmo assim, muitas pessoas ainda duvidaram da situação. Muitos disseram que simulamos para não jogar, mas não havia motivos, ainda mais pelo alto custo da viagem. Sabia que tínhamos tomado a decisão correta, porém, agora, sinto-me aliviado. Fez-se a justiça e todos os membros do TJD avaliaram que passamos por um problema que todos os times estão sujeitos”, destaca.

Experiência
Após o veredito na FMF, em Belo Horizonte, o presidente do Vulcão, Fernando Galan, fez questão de ressaltar a importância do Supervisor de Futebol do clube no caso. “A experiência de mais de 30 anos do Luizão (Luiz Antônio Sebastião) foi fundamental para que o ocorrido fosse conduzido com maestria. Como ninguém, ele soube lidar com este imprevisto e tomou todas as providências necessárias, preservando a saúde dos jogadores”, finaliza.